Eu sou por Natureza feito para meu próprio bem; não para meu próprio mal.

Dos Ensinamentos Áureos de Epicteto.


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

ROSA MÍSTICA — Gomes Leal

Do pôr do Sol àquela luz sagrada,
Eu perdia-me... ó hora doce e breve!...
Meu peito junto ao seu colo de neve.
— Numa contemplação vaga e elevada

Nossas almas se erguiam, como deve
Erguer-se uma alma à luz afortunada.
Do mar se ouvia a grande voz chorada.
— Palpitavam as pombas no ar leve.

Eu então perguntei-lhe, baixo e brando:
— Em que mundo de luz é que caminhas?
Que torre está tua alma arquitetando?

Ela travando as suas mãos nas minhas
Me disse, ingênua, então: — Estou cismando
No que dirão, no ar, as andorinhas.

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