FORMAS POÉTICAS 30 — POEMA BUCÓLICO [2]
Outra variante do poema bucólico é a écloga ou égloga. É um tipo de poema em que pastores e suas amadas dialogam. Vão algumas estrofes da Écloga 1 do árcade mineiro.
Outra variante do poema bucólico é a écloga ou égloga. É um tipo de poema em que pastores e suas amadas dialogam. Vão algumas estrofes da Écloga 1 do árcade mineiro.
ÉCLOGA 1
OS MAIORAIS DO TEJO
Montano, Corebo, Lise e Laura
Eu canto os dous Pastores
Que o Tejo cristalino
Na bela margem viu: canto o divino
Assunto dos amores,
Que de inveja, e de agrado
O céu, a terra, o mar tem namorado.
Também das Ninfas belas,
Que Amor viu abrasadas,
Os números entoo: se entre aquelas
Cadências delicadas,
Rude o som de meu canto
Se faz digno, Senhor, de obséquio tanto.
..............................................................
Em uma tarde, quando
Os músicos Pastores
Ao som da acorde flauta recitando
Estavam seus amores,
Nas vozes, que afinavam,
Deste modo a cantar se preparavam:
COREBO. Já que estamos, Montano, neste monte,
Sem outra companhia, enquanto o gado,
Buscando as doces águas dessa fonte,
Vem concorrendo dum, e doutro lado,
Aqui deste salgueiro,
Sentados junto à sombra, eu te requeiro,
Torna-me a repetir aquela história,
Que toda esta minha alma encheu de glória.
MONTANO. Dos nossos Maiorais a grande festa,
Corebo, quem a viu jamais se farta
De a contar: mas enquanto a fresca sesta
A nós se chega, enquanto o Sol se aparta,
Tomando a flauta doce,
O caso contarei; mas ah! se fosse
Minha voz tão suave, e tão divina,
Como aquela que pede ação tão digna!
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OS MAIORAIS DO TEJO
Montano, Corebo, Lise e Laura
Eu canto os dous Pastores
Que o Tejo cristalino
Na bela margem viu: canto o divino
Assunto dos amores,
Que de inveja, e de agrado
O céu, a terra, o mar tem namorado.
Também das Ninfas belas,
Que Amor viu abrasadas,
Os números entoo: se entre aquelas
Cadências delicadas,
Rude o som de meu canto
Se faz digno, Senhor, de obséquio tanto.
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Em uma tarde, quando
Os músicos Pastores
Ao som da acorde flauta recitando
Estavam seus amores,
Nas vozes, que afinavam,
Deste modo a cantar se preparavam:
COREBO. Já que estamos, Montano, neste monte,
Sem outra companhia, enquanto o gado,
Buscando as doces águas dessa fonte,
Vem concorrendo dum, e doutro lado,
Aqui deste salgueiro,
Sentados junto à sombra, eu te requeiro,
Torna-me a repetir aquela história,
Que toda esta minha alma encheu de glória.
MONTANO. Dos nossos Maiorais a grande festa,
Corebo, quem a viu jamais se farta
De a contar: mas enquanto a fresca sesta
A nós se chega, enquanto o Sol se aparta,
Tomando a flauta doce,
O caso contarei; mas ah! se fosse
Minha voz tão suave, e tão divina,
Como aquela que pede ação tão digna!
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