FORMAS POÉTICAS 33 - RONDEL
O rondel – poema de forma fixa de origem francesa – se estrutura em duas quadras e uma quintilha, com apenas duas rimas, em que os dois primeiros versos da primeira quadra são o estribilho, pois se repetem nos dois versos finais da segunda quadra, sendo que o primeiro verso do poema será também o último.
O poema seguinte, sem título, vem no livro de Goulart de Andrade, Poesias 1900-1905, publicado em 1907.
O rondel – poema de forma fixa de origem francesa – se estrutura em duas quadras e uma quintilha, com apenas duas rimas, em que os dois primeiros versos da primeira quadra são o estribilho, pois se repetem nos dois versos finais da segunda quadra, sendo que o primeiro verso do poema será também o último.
O poema seguinte, sem título, vem no livro de Goulart de Andrade, Poesias 1900-1905, publicado em 1907.
XIII
(RONDEL)
Meu coração, minha altivez,
Ponho a teus pés, musa serena,
— Sonho de amor em noite plena
De redolência e languidez!
Tens para mim tanta algidez...
Pobre, que em troca desta pena,
Meu coração, minha altivez,
Ponho a teus pés, musa serena.
Fraco, a vontade se me esfez
Nesta volúpia que envenena...
Queres-me ver de rastro? Ordena,
Que eu deporei sob os teus pés
Meu coração, minha altivez...
(RONDEL)
Meu coração, minha altivez,
Ponho a teus pés, musa serena,
— Sonho de amor em noite plena
De redolência e languidez!
Tens para mim tanta algidez...
Pobre, que em troca desta pena,
Meu coração, minha altivez,
Ponho a teus pés, musa serena.
Fraco, a vontade se me esfez
Nesta volúpia que envenena...
Queres-me ver de rastro? Ordena,
Que eu deporei sob os teus pés
Meu coração, minha altivez...
Nenhum comentário :
Postar um comentário