Eu sou por Natureza feito para meu próprio bem; não para meu próprio mal.

Dos Ensinamentos Áureos de Epicteto.


domingo, 31 de agosto de 2014

O BRANCO E O AUGUSTO — Federico Fellini

Quando digo o clown, penso no augusto. Com efeito, as duas figuras são o clown branco e o augusto. O primeiro é a elegância, a graça, a harmonia, a inteligência, a lucidez, que se propõem de forma moralista, como as situações ideais, únicas, as divindades indiscutíveis. Eis que em seguida surge o aspeto negativo da questão. Pois dessa forma o clown branco se converte em Mãe, Pai, Professor, Artista, o Belo, em suma, no que se deve fazer.
Então o augusto, que devia sucumbir ao encanto dessas perfeições, se não fossem ostentadas com tanto rigor, se rebela. Vê as lantejoulas cintilantes, mas a vaidade com que são apresentadas as torna inalcan-çáveis. O augusto, que é a criança que faz sujeira em cima, se revolta ante tanta perfeição, se embebeda, rola no chão e na alma, numa rebeldia perpétua.
Essa é a luta entre o orgulhoso culto da razão, onde o estético é proposto de forma despótica, e o instinto, a liberdade do instinto.
O clown branco e o augusto são a professora e o menino, a mãe e o filho arteiro, e até se podia dizer que o anjo com a espada flamejante e o pecador. São, em suma, duas atitudes psicológicas do homem, o impulso para cima e o impulso para baixo, divididos, separados.
O filme [I Clowns] termina com as duas figuras se encontrando e desaparecendo juntas. Por que comove essa situação? Porque as duas figuras encarnam um mito que está dentro de cada um de nós - a reconciliação dos opostos, a unidade do ser.
A dose de dor que existe na guerra contínua entre o clown branco e o augusto não se deve às músicas nem a nada parecido, mas ao fato de presenciarmos a algo que se liga à nossa própria incapacidade de conciliar as duas figuras. Com efeito, quanto mais procures obrigar o augusto a tocar violino, mais dará soprinhos com o trombone. O clown branco ainda pretenderá que o augusto seja elegante. Mas quanto mais autoritária seja essa intenção, mais o outro se mostrará mal e desajeitado.
É o apólogo de uma educação que procura pôr a vida em termos ideais e abstratos. Mas Lao Tsê dizia com acerto: Quando produzas um pensamento (= clown branco), te ri dele (= clown augusto).

Fellini por Fellini, L&PM

sábado, 30 de agosto de 2014

NEM EU — Dorival Caymmi

Sou fã incondicional de Dorival Caymmi. O cara era simpático, poeta, músico e cantor. Uma de suas composições, delicadíssimas, que sempre cantarolo é esta.

Não fazes favor nenhum
Em gostar de alguém.
Nem eu, nem eu, nem eu.

Quem inventou o amor
Não fui eu.
Não fui eu, não fui eu.
Não fui eu, nem ninguém.

O amor acontece na vida.
Estavas desprevenida
E por acaso eu também.

E como o acaso é importante, querida,
De nossas vidas a vida
Fez um brinquedo também.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

CORRUPÇÃO

É inútil esperar que os políticos acabem com a corrupção. Da mesma forma, é inútil esperar que as prostitutas façam sexo de graça.
Pra acabar com a corrupção, o povo tem que deixar de ser corrupto. Isto significa respeitar o direito alheio e ser solidário com seus concidadãos. A esperteza e a lei do Gérson (que propõe tirar vantagem de forma indiscriminada) devem ser abandonadas, em favor do negócio que favorece a todas as partes.
Além disso, o povo deve eleger políticos que não estejam comprometidos com a corrupção.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

SOBRE OS SALVADORES DA PÁTRIA

É importante lembrar que, toda vez que alguém ou um grupo ou um partido se propõe salvar o país, combatendo a corrupção, o povo acaba se ferrando e pagando com seu sossego, sua grana ou sua liberdade — ou com tudo isso.
Jânio Quadros fez sua campanha, com a musiquinha:
"Varre, varre, varre vassourinha
varre, varre a bandalheira
que o povo já tá cansado
de sofrer dessa maneira.
Jânio Quadros é a esperança desse povo abandonado!
Jânio Quadros é a certeza de um Brasil, moralizado!
Alerta, meu irmão!
Vassoura, conterrâneo!
Vamos vencer com Jânio!"
Foi eleito para a presidência com quantidade então recorde de votos. No cargo, tomou medidas ridículas e renunciou sem explicação, abandonando o país nas mãos de um esquerdista pouco atilado, que deu pretexto a uma 'revolução salvadora'. Que não salvou nada nem ninguém, muito pelo contrário. A corrupção escapou ilesa.
Já de volta ao regime civil, Fernando Collor elegeu-se como "Caçador de Marajás" e terminou confiscando a poupança do povo, se envolvendo numa roubalheira monstruosa e sendo denunciado pelo próprio irmão. Foi o único presidente a ser deposto por impeachment.
Assim, antes de cair no papo furado desse grupo que surge com uma nova figura de 'salvador da pátria', é bom lembrar que talvez o Brasil não esteja precisando tanto de salvação.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

NOMENCLATURA — Millôr Fernandes

Uma coisa é certa – se você tiver verbas gigantescas e fizer uma tremenda campanha chamando estrume de diamante, ele acabará assumindo a presidência da República. Embora continue sendo bosta.

Do livro Millôr Definitivo: a Bíblia do Caos — L & PM Pocket.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

NO ALTO — Machado de Assis

O poeta chegara ao alto da montanha,
E quando ia a descer a vertente do oeste,
Viu uma cousa estranha,
Uma figura má.

Então, volvendo o olhar ao sutil, ao celeste,
Ao gracioso Ariel, que de baixo o acompanha,
Num tom medroso e agreste
Pergunta o que será.

Como se perde no ar um som festivo e doce,
Ou bem como se fosse
Um pensamento vão,

Ariel se desfez sem lhe dar mais resposta.
Para descer a encosta
O outro estendeu-lhe a mão.

sábado, 23 de agosto de 2014

BECO SEM SAÍDA — Charles Bukowski

demasiado, muito pouco,

muito gordo
muito magro
ou ninguém.

risadas ou
lágrimas

rancorosos
amorosos

estranhos com faces como
a parte de trás de
tachas de pregar papel

exércitos que correm através
de ruas de sangue
abanando garrafas de vinho
abaionetando e fodendo
virgens.

um cara velho num quarto barato
com uma fotografia de M. Monroe.

há uma solidão tão grande neste mundo
que você pode vê-la no movimento lento
dos ponteiros de um relógio

pessoas tão cansadas
mutiladas
por amor ou nenhum amor.

pessoas apenas não são boas umas com as outras
uma por uma.

o rico não é bom para o rico
o pobre não é bom para o pobre.

nós temos medo.

nosso sistema educacional nos ensina
que nós podemos todos ser
tolos e pomposos vencedores

não nos ensinou
sobre as sarjetas
ou os suicídios.

ou o terror de uma pessoa
sofrendo em algum lugar


intocada
inexpressa

regando uma planta.

pessoas não são boas umas com as outras.
pessoas não são boas umas com as outras.
pessoas não são boas umas com as outras.

eu suponho elas nunca serão.
eu não lhes peço que sejam.

mas às vezes eu penso sobre
isto.

as gotas gotejarão
as nuvens nuvearão
e o assassino decapitará a criança
como se desse uma mordida num cone de sorvete.

demasiado
muito pouco

muito gordo
muito magro
ou ninguém

mais rancorosos do que amorosos.

pessoas não são boas umas com as outras.
talvez se elas fossem
nossas mortes não seriam tão tristes.

enquanto isso eu olho para mocinhas
talos
flores da casualidade.

deve haver um jeito.

seguramente deve haver um jeito que nós ainda não temos,
no entanto, de.

quem pôs este cérebro dentro de mim?

ele chora
exige
diz que há uma chance.

ele não dirá
"não".

SOBRE ESTAS POSTAGENS

São poesias que amo desde os dez anos. Mesmo os poemas em espanhol, francês...

NOVÍSSIMO ORFEU — Murilo Mendes

Vou onde a poesia me chama.

O amor é minha biografia,
Texto de argila e fogo.

Aves contemporâneas
Largam do meu peito
Levando recado aos homens.

O mundo alegórico se esvai,
Fica esta substância de luta
De onde se descortina a eternidade.

A estrela azul familiar
Vira as costas, foi-se embora!
A poesia sopra onde quer.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

COMO DISSE EDUARDO DUSEK

Como disse Eduardo Dusek:
Troque seu cachorro
Por uma criança pobre
Sem parente, sem carinho
Sem rango, sem cobre
Deixe na história de sua vida
Uma notícia nobre...

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

SONETO — Enrique Banchs


Si en el mar de la vida soy estela
que se deshace, apenas levantada,
tras un brillo fugaz de lentejuela:
estela, espuma, nada…

si en la onda, después que me revela,
nada queda de mí, a onda tornada,
y muero sin poder seguir la vela
que me crea y se aleja despiadada:

¿por qué del mar fatal alzarme quiero
y ansioso el rumbo de la nave miro,
y un miraje de playa me desvela?

¿por qué, si no sé ir, llegar espero,
por qué mi fe, por qué luchando aspiro,
si en el mar de la vida soy estela?

terça-feira, 19 de agosto de 2014

domingo, 17 de agosto de 2014

VISITA À KRUG BIER

Ontem, visitei a fábrica das cervejas Áustria, Krug Bier, com direito a duas horas de degustação. As cervejas saem de torneiras na parede. Provei da Hefe Weizen, de cevada e trigo, com 5,1 % de álcool; Dunkel; Export, e Double IPA. O monitor foi o Matias, da família proprietária da brauerei. Abaixo, a foto do Tanque Fermentador 19.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

DINHEIRO — Millôr Fernandes

  • O dinheiro é a mais violenta das invenções humanas.
  • Energia nuclear? Você acha? Armas químicas? Você acha mesmo? Não senhor; o dinheiro ainda é a mais violenta das invenções humanas.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

NOCTURNO 3 [UNA NOCHE] — José Asunción Silva

Una noche,
Una noche toda llena de perfumes, de murmullos y de músicas de alas,
Una noche,
En que ardían en la sombra nupcial y húmeda las luciérnagas fantásticas,
A mi lado, lentamente, contra mí ceñida toda,
Muda y pálida
Como si un presentimiento de amarguras infinitas,
Hasta el más secreto fondo de tus fibras te agitara,
Por la senda florecida que atraviesa la llanura
Caminabas,
Y la luna llena
Por los cielos azulosos, infinitos y profundos esparcía su luz blanca,
Y tu sombra
Fina y lánguida,
Y mi sombra
Por los rayos de la luna proyectada
Sobre las arenas tristes
De la senda se juntaban
Y eran una
Y eran una
¡Y eran una sola sombra larga!
¡Y eran una sola sombra larga!
¡Y eran una sola sombra larga...!

Esta noche
Solo; el alma
Llena de infinitas amarguras y agonías de tu muerte,
Separado de ti misma, por la sombra, por el tiempo y la distancia,
Por el infinito negro,
Donde nuestra voz no alcanza,
Solo y mudo
Por la senda caminaba...
Y se oían los ladridos de los perros a la luna,
A la luna pálida
Y el chirrido de las ranas...

Sentí frío. Era el frío que tenían en la alcoba
Tus mejillas y tus sienes y tus manos adoradas,
Entre las blancuras níveas
De las mortuorias sábanas!
Era el frío del sepulcro, era el frío de la muerte,
Era el frío de la nada...
Y mi sombra
Por los rayos de la luna proyectada,
Iba sola,
Iba sola,
¡Iba sola por la estepa solitaria!
Y tu sombra, esbelta y ágil
Fina y lánguida,
Como en esa noche tibia de la muerta primavera,
Como en esa noche llena de perfumes, de murmullos y de músicas de alas,
Se acercó y marchó con ella,
Se acercó y marchó con ella,
Se acercó y marchó con ella...
¡Oh las sombras enlazadas!
¡Oh las sombras de los cuerpos que se juntan con las sombras de las almas!
¡Oh las sombras que se buscan y se juntan en las noches de negruras y de lágrimas...! 

terça-feira, 12 de agosto de 2014

LA VIDA ES SUEÑO, Jornada 2, 1173-1202 — Pedro Calderón de la Barca

Sueña el rey que es rey, y vive
con este engaño mandando,
disponiendo y gobernando;
y este aplauso que recibe
prestado, en el viento escribe,
y en cenizas le convierte
la muerte (¡desdicha fuerte!);
¡que hay quien intente reinar,
viendo que ha de despertar
en el sueño de la muerte!
Sueña el rico en su riqueza
que más cuidados le ofrece;
sueña el pobre que padece
su miseria y su pobreza;
sueña el que a medrar empieza,
sueña el que afana y pretende,
sueña el que agravia y ofende;
y en el mundo, en conclusión,
todos sueñan lo que son,
aunque ninguno lo entiende.
Yo sueño que estoy aquí
destas prisiones cargado,
y soñé que en otro estado
más lisonjero me vi.
¿Qué es la vida? Un frenesí.
¿Qué es la vida? Una ilusión,
una sombra, una ficción,
y el mayor bien es pequeño;
que toda la vida es sueño,
y los sueños, sueños son.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

OS VERSOS GÊMEOS — Dhammapada 1, 1-6


1. Tudo aquilo que somos é o resultado do que pensamos: é fundado em nossos pensamentos, é composto de nossos pensamentos. Se um homem fala ou age com um pensamento mau, o sofrimento o segue, como a roda segue o pé do boi que puxa o carro.
2. Tudo aquilo que somos é o resultado do que pensamos: é fundado em nossos pensamentos, é composto de nossos pensamentos. Se um homem fala ou age com um pensamento puro, a felicidade o segue, como a sombra que nunca o deixa.
3. “Este homem me maltratou, ele me bateu, ele me derrotou, ele me roubou” — naqueles que abrigam tais pensamentos o ódio nunca cessará.
4. “Este homem me maltratou, ele me bateu, ele me derrotou, ele me roubou” — naqueles que não abrigam tais pensamentos o ódio cessará.
5. Porque o ódio não cessa pelo ódio em momento nenhum: o ódio cessa pelo amor, esta é uma lei antiga.
6. O mundo não sabe que nós todos devemos ter um fim aqui mesmo; mas aqueles homens que sabem disto cessam imediatamente suas disputas.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

MARÍLIA DE DIRCEU, PARTE 2, LIRA 37 — Tomaz Antonio Gonzaga

Meu sonoro Passarinho,
Se sabes do meu tormento,
E buscas dar-me, cantando,
Um doce contentamento,

Ah! não cantes, mais não cantes,
Se me queres ser propício;
Eu te dou em que me faças
Muito maior benefício.

Ergue o corpo, os ares rompe,
Procura o Porto da Estrela,
Sobe à serra, e se cansares,
Descansa num tronco dela,

Toma de Minas a estrada,
Na Igreja nova, que fica
Ao direito lado, e segue
Sempre firme a Vila Rica.

Entra nesta grande terra,
Passa uma formosa ponte,
Passa a segunda, a terceira
Tem um palácio defronte.

Ele tem ao pé da porta
Uma rasgada janela,
É da sala, aonde assiste
A minha Marília bela.

Para bem a conheceres,
Eu te dou os sinais todos
Do seu gesto, do seu talhe,
Das suas feições, e modos.

O seu semblante é redondo,
Sobrancelhas arqueadas,
Negros e finos cabelos,
Carnes de neve formadas.

A boca risonha, e breve,
Suas faces cor-de-rosa,
Numa palavra, a que vires
Entre todas mais formosa.

Chega então ao seu ouvido,
Dize, que sou quem te mando,
Que vivo neta masmorra,
Mas sem alívio penando.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

SOBRE PSEUDÔNIMOS 03

Um italiano do século 18, viajando por uma cidade alemã, foi questionado pelo burgomestre da seguinte maneira:
— Por que você assume um nome falso?
E prosseguiu, dizendo:
— Seu nome é Casanova. Então, por que você se apresenta como Seingalt?
Casanova, o acima referido viajante italiano do século 18, assim respondeu:
— Eu assumi esse nome, ou melhor eu o assumo, porque me pertence, e de tal maneira que, se qualquer pessoa se atrever a assumi-lo, eu o contestarei, como minha propriedade, por todos os meios legítimos.
— Ah! e por que é que este nome pertence a você?
— Porque eu o inventei; mas isso não me impede de ser Casanova também.
O burgomestre indagou:
— Afinal de contas, como alguém pode inventar um nome?
— É a coisa mais simples no mundo — Casanova respondeu.
— Tenha a bondade de me explicar isso.
— O alfabeto pertence de modo igual à espécie humana inteira; ninguém pode negar isso. Eu escolhi oito letras e as combinei de modo a elaborar a palavra Seingalt.  Me agradou, e eu a adotei como meu sobrenome, estando persuadido firmemente de que, como ninguém tinha assumido este nome antes, ninguém poderia me privar dele, ou assumi-lo sem meu consentimento.
Suas memórias, que escreveu em francês — Histoire de Ma Vie — e assinou como Jacques Casanova de Seingalt, merecem leitura, mesmo por quem não tem curiosidade histórica, nem se interessa pelos usos e costumes da Europa durante o 18º século.
A propósito: os filmes baseados na Histoire de Ma Vie não chegam perto da qualidade do livro.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

SOBRE PSEUDÔNIMOS 02

François-Marie Arouet também tinha um pai que se opunha a seu propósito de se tornar escritor. Vivia numa época de censura absoluta, como o era a monarquia francesa anterior à Revolução. Considerava que tinha sido tão infeliz, usando seu nome de família, que criou outro para si. Embora tenha utilizado quase 200 pseudônimos diferentes, foi o de Voltaire que o tornou conhecido além da França e de seu tempo.

domingo, 3 de agosto de 2014

SOBRE PSEUDÔNIMOS 01

O pai do adolescente Neftali Ricardo Reyes Basoalto era contra sua atividade poética. "Não concordava em ter um filho poeta", segundo declaração do próprio poeta. Neftali adotou então, aos 14 anos, um pseudônimo, para encobrir a publicação de seus primeiros versos. O sobrenome escolhido pertencia a um grande escritor checo, Jan Neruda. Assim, Neftali Ricardo Reyes Basoalto transformou-se em Pablo Neruda. Com esse pseudônimo se tornou famoso no mundo todo e recebeu o prêmio Nobel de Literatura em 1971.
É importante assinalar que o poeta adotou o pseudônimo como seu nome legal, à semelhança do que fez Luiz Inácio da Silva, o presidente Lula, que legalizou seu apelido, também de fama internacional.

sábado, 2 de agosto de 2014

EXPOSIÇÃO DE NINA SOUZA-LIMA

A exposição de Nina Souza-Lima, na Galeria da Prefeitura de Contagem, MG, encerrou-se ontem. Foi vista por centenas de pessoas, que se encantaram com a beleza de suas pinturas.
O pessoal da Casa de Cultura — Fernando Perdigão, Hyvanildo Leite e Olister Barbosa — está de parabéns por sua constante promoção dos valores artísticos de Contagem e de Minas.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

MENTE EM PAZ — P'ang Yün

Quando a mente está em paz,
o mundo também está em paz.
Nada real, nada ausente.
Não se agarrando à realidade,
não ficando preso no vazio,
você não é santo nem sábio,
apenas um cara comum que completou seu trabalho.